Vídeo: Jhon Cruz
Sem água nas torneiras há mais de dois meses, moradores da Fazenda Alegria, localizada a 9km da sede de Curaçá, entraram em contato com a redação do site Curaçá Oficial para denunciarem a situação crítica que vem enfrentando.
A senhora Maria Pereira Angelim mostrou as contas de água pagas dos meses passados, mas afirmou que está sem água há 2 meses em sua residência. “Estou há dois meses sem água. Fico pegando água na caixa, dois baldes, três baldes. Tem dias que tem meio balde de água, tem dias que tem dois, três”.
O senhor Juceli Silva, também morador da fazenda Alegria, nos contou as dificuldades da falta de água na localidade. ” Estou comprando água de pipa. Para os animais tenho que comprar água. Minhas contas vem direto. Era para colocarem um carro pipa da prefeitura para abastecer aqui”.
A professora aposentada Regina Alves e o seu esposo Wilson Costa possuem uma propriedade próxima a fazenda Alegria e estão a 5 meses sem água nas torneiras. “Eu recebo final de mês e o dia do pagamento da água é no dia 20. Mesmo sem água aqui eu ainda pago a conta com juros. Eu fico indignada. Se tivesse água aqui uma vez por semana ou com 15 dias eu estava satisfeita”, disse Regina.
“A água aqui para mim é difícil. Estou a 5 meses sem água. Aqui a gente só ver água quando chove”, afirmou Wilson.
A nossa redação entrou em contato com a direção do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Curaçá, o SAAE. Em nota a empresa afirmou que :
“Um dos principais problemas que acabam interferindo e prejudicando o fornecimento de água, nesta e noutras comunidades, são as ligações clandestinas, os famosos “gatos”. O SAAE tem realizado constantes operações para diminuir essa prática ilegal, mas muitos ainda insistem em fazê-la”.
O SAAE explicou ainda que A Fazenda Alegria, e outras dezenas de localidades, tem o abastecimento feito por adutoras de quatro sistemas do Programa Água Para Todos, todos projetados e construídos pela empresa Lucaia, repassados ao Município no final de 2012. Em 10 anos o número de ligações nessa região cresceu bastante e isso foi determinante para o aumento da demanda.
Outro fator considerado pelo SAAE é a localização de algumas residências que, por estarem geograficamente em um ponto mais elevado, também tem o abastecimento prejudicado. O SAAE disse ainda que já enviou um topógrafo para fazer um estudo acerca do problema.
O SAAE acrescentou na nota que através do whatsapp (74) 99925-9773 a comunidade pode fazer as suas reclamações de domingo a domingo.
Veja a reportagem completa no vídeo.
Texto: Alinne Torres
Foto: Jhon Cruz