Desde 1948 quando grande parte do território da Palestina foi tomado para a criação do estado de Israel que existe conflito armado naquela região.
Várias guerras aconteceram e o imenso poder bélico de Israel, com amplo apoio dos EUA, permitiu vitórias militares daquele país.
Corria o ano de 1973 e o mundo acompanhava com muita preocupação mais uma guerra entre israelenses e árabes. A imprensa noticiava com detalhes e alarde as batalhas e as vitórias de Israel com a destruição de aviões, tanques de guerra e do exército árabe.
Meu pai ouvia várias vezes no dia o noticiário das rádios e Pedro de Severiana, que executava trabalho de pedreiro lá em casa também não deixava de ouvir atentamente as notícias, embora não as entendesse.
Certa noite, após jantar e ouvir o noticiário que dava conta da morte de centenas de soldados árabes e destruição de dezenas de tanques de guerra naquele dia, Pedro externou a meu pai a sua preocupação:
– Mas que “hôme” terrível esse Israel, seu Durval! Não tem quem dê fim nele não? Ah, se eu boto as mãos nele….
E meu pai teve de explicar pacientemente a Pedro que Israel é um país e não um homem.
Por Omar Torres, popular Babá
Memorialista curaçaense e Administrador