A Caprinovinocultura é uma atividade agropecuária que apresenta diferentes significados e importância para essa pequena grande terra! Em termos de números, Curaçá encontra-se dentro da região Nordeste do Brasil que detém 92,8% do rebanho brasileiro (EMBRAPA, 2017).
Nesta região a atividade zootécnica apresenta grande potencial de crescimento devido as características climáticas e geográficas únicas no Brasil, como altas temperaturas, iluminação, vegetação. A Bahia em específico destaca-se na região Nordeste em primeiro lugar com um rebanho em 2020 de 3.645.234 animais sendo que destes as cidades que mais se destacam no Estado são Casa Nova (1°), Juazeiro (2°) e Curaçá (3°) lugar com (282.523) cabeças (EMBRAPA, 2021). Centenas de pequenos, médios e grandes criadores de Caprinos se beneficiam desta atividade de forma rentável na produção de carne e leite, principalmente na primeira. A criação de Caprinos em Curaçá é histórica e cultural sendo passada de geração em geração.
Essa herança passada as atuais gerações vem sendo incrementada com o uso de tecnologias de precisão e melhora da qualidade sanitária dos rebanhos com maior controle zootécnico que em outros tempos. O cenário atual é ainda desafiador, tendo em vista a quase inexistente assistência pública em diferentes esferas além da falta de articulação da cadeia que trazem barreiras ao desenvolvimento.
É sabido que a vontade e o gosto do pecuarista de Curaçá pela Caprinovinocultura associado a rusticidade da espécie alavancam esta atividade, devendo ser lembrada e parabenizada.
Por: Dr. Ruan Abreu
Médico Veterinário
Mestre e Doutor em Ciência Animal