Bahia
Moradores protestam contra ação de máquinas de loteamento particular em Curaçá
Os moradores da Comunidade Wolmar Dias Torres (WDT), em Curaçá, paralisaram a principal via de acesso àquela localidade nessa segunda-feira (29), como forma de se manifestar contra alguns problemas que eles vêm enfrentando desde que as máquinas do Loteamento Ararinha Azul começaram a retirar aterro na área. Uma comissão formada por 15 proprietários organizou a manifestação e promoveu o fechamento da estrada, impedindo o acesso de todos os veículos. De acordo com os organizadores, “somente veículos em situação de emergência tiveram passagem livre. O fechamento da via, que chamamos Avenida Zilene Oliveira Torres, levou somente pouco mais uma hora hoje. Nossos objetivos são claros: ter uma via satisfatoriamente trafegável, segura e com prevenção a acidentes. E nossa pauta é: manutenção regular da estrada tal como estava antes, com diminuição da poeira (uso de pipa) e diminuição da velocidade das máquinas na via, inclusive com redutores de velocidade sinalizados. Estamos abertos para dialogar com os responsáveis do Loteamento. Se não houver acordo, iremos fechar a estrada quantas vezes for preciso”, frisaram os participantes.
De acordo com Jivan Fonseca, residente local, “já tinha sido feita uma conversa inicial com um engenheiro do Loteamento, Lucas, mas ele se comprometeu em promover melhorias somente após o término da extração da jazida, que ainda deve levar umas duas ou mais semanas. Eles até já botaram algum material, mas ficou pior. A estrada está ficando intrafegável e arriscada em diversos pontos”. Sofia Lima chamou atenção para o perigo que os moradores têm enfrentado: “já houve queda de motoqueiros e até quase um acidente fatal. As caçambas são pesadas e passam em alta velocidade e levantam muita poeira. São vários caçambões indo e vindo. Se chove, elas levantam muita lama e sujam quem vem ou vai de moto para trabalhar e ainda tiram o material da estrada e formam uma buraqueira quando atolam”, explicou a residente.
Os organizadores fizeram uma boa avaliação do evento. Segundo Maurízio Bim, Presidente interino da Associação comunitária, “foi uma manifestação silenciosa, bem aparelhada, pacífica e já disponibilizamos os contatos para o pessoal do Loteamento e conversamos com o Engenheiro Lucas, que veio ao local da Manifestação e se comprometeu a iniciar o processo de aterro da estrada, inclusive já disponibilizou maquinas. Nossa Associação Aprisco se põe à disposição permanecer ajudando nas negociações. Ninguém quer problemas, somente queremos que sejam atendidas nossas reivindicações. Essa foi a primeira paralisação, e já atingimos o objetivo inicial. Esperamos que tudo dê certo. Senão, ainda essa semana, teremos novas e mais abrangentes paralisações”, revelou Bim.
Fonte: Comunidade Wolmar Dias Torres
Bahia
Rio São Francisco: Confira vazão e capacidade do volume útil da barragem de Sobradinho
A Eletrobras Chesf, seguindo determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), permanece praticando vazão de saída no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho (BA) no patamar de 800 m³/s e na Usina Hidrelétrica de Xingó no patamar de 1.000 m³/s.
O reservatório de Sobradinho encontra-se neste período com cerca de 40% de sua capacidade.
Segundo a assessoria da Chesf, a situação hidrológica é permanentemente avaliada, podendo haver alterações nos valores a depender da necessidade de atendimento ao Sistema Interligado Nacional – SIN, conforme procedimento de otimização energética envolvendo as diversas regiões do país, coordenado pelo ONS, e obedecendo à regulamentação vigente.
Fonte: REDE GN
Foto: Eletrobras Chesf
Bahia
Preconceito e discriminação atingem 70% dos negros, aponta pesquisa
Sete em cada dez pessoas negras já passaram por algum constrangimento por causa de preconceito ou discriminação racial. O dado é de pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Locomotiva e pela plataforma QuestionPro, entre os dias 4 e 13 de novembro.
Os sentimentos de discriminação e preconceito foram vividos em diversas situações cotidianas e são admitidos inclusive por brancos. Conforme a pesquisa, a expectativa de experimentar episódios embaraçosos pode tolher a liberdade de circulação e o bem-estar de parcela majoritária dos brasileiros.
Os negros, que totalizam pretos e pardos, representam 55,5% da população brasileira – 112,7 milhões de pessoas em um universo 212,6 milhões. De acordo com o Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20,6 milhões (10,2%) se autodeclaram “pretos” e 92,1 milhões (45,3%), “pardos”.
O levantamento do Instituto Locomotiva revela que 39% das pessoas negras declararam que não correm para pegar transporte coletivo com medo de serem interpeladas. Também por causa de algum temor, 36% dos negros já deixaram de pedir informações à polícia nas ruas.
O constrangimento pode ser também frequente no comércio: 46% das pessoas negras deixaram de entrar em lojas de marca para evitar embaraços. O mesmo aconteceu com 36% que não pediram ajuda a vendedores ou atendentes, com 32% que preferiram não ir a agências bancárias e com 31% que deixaram de ir a supermercados.
Saúde mental
Tais situações podem causar desgaste emocional e psicológico: 73% dos negros entrevistados na pesquisa afirmaram que cenas vivenciadas de preconceitos e discriminação afetam a saúde mental.
Do total de pessoas entrevistadas, 68% afirmaram conhecer alguém que já sofreu constrangimento por ser negro. Entre os brancos, 36% admitem a possibilidade de terem sido preconceituosas contra negros, ainda que sem intenção.
Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, os dados apurados indicam “a necessidade urgente de políticas públicas e iniciativas sociais que ofereçam suporte emocional e psicológico adequado, além de medidas concretas para combater o racismo em suas diversas formas”.
Em nota, Meirelles diz que os números mostram de forma explícita que a desigualdade racial é uma realidade percebida por praticamente todos os brasileiros. “Essa constatação reforça a urgência de políticas públicas e ações efetivas para romper as barreiras estruturais que perpetuam essas desigualdades e limitam as oportunidades para milhões de pessoas negras no Brasil.”
A pesquisa feita na primeira quinzena deste mês tem representatividade nacional e colheu opiniões de 1.185 pessoas com 18 anos ou mais, que responderam diretamente a um questionário digital. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais.
Racismo é crime
De acordo com a Lei nº 7.716/1989, racismo é crime no Brasil. A lei batizada com o nome do seu autor, Lei Caó, em referência ao deputado Carlos Alberto Caó de Oliveira (PDT-BA), que morreu em 2018. A lei regulamenta trecho da Constituição Federal que tornou o racismo inafiançável e imprescritível.
A Lei nº 14.532, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023, aumenta a pena para a injúria relacionada a raça, cor, etnia ou procedência nacional. Com a norma, quem proferir ofensas que desrespeitem alguém, seu decoro, sua honra, seus bens ou sua vida poderá ser punido com reclusão de 2 a 5 anos. A pena poderá ser dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas. Antes, a pena era de 1 a 3 anos.
As vítimas de racismo devem registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil. É importante tomar nota da situação, citar testemunhas que também possam identificar o agressor. Em caso de agressão física, a vítima precisa fazer exame de corpo de delito logo após a denúncia e não deve limpar os machucados, nem trocar de roupa – essas evidências podem servir como provas da agressão.
Nesta quarta-feira (20), o Dia de Zumbi e da Consciência Negra será, pela primeira vez, feriado cívico nacional.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil
Bahia
Pela 1ª vez, 20 de novembro será feriado nacional
Depois da promulgação de um decreto presidencial no final de 2023, o dia 20 de novembro será, pela primeira vez na história, um feriado nacional. É nesta quarta-feira (20) se celebra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
A data, instituída pela Lei Nº 12.519 de 10 de novembro de 2011 e que já era feriado em alguns estado do Brasil, é uma homenagem à memória de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes da resistência negra contra a escravidão no Brasil e símbolo da luta pela liberdade. Além disso, este é um dia para refletirmos sobre a importância do combate ao racismo e promoção da igualdade racial.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
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