Na Bahia, a população quilombola é mais jovem e masculina, e a indígena é mais envelhecida e feminina do que a população geral, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
De acordo com os dados:
- Metade da população baiana tem até 35 anos;
- Entre os indígenas, metade têm até 37 anos;
- Entre os quilombolas, metade têm até 32 anos.
Embora sejam maioria, participação de mulheres na população quilombola baiana (50,5%) é menor do que no total de habitantes do estado (51,7%) e, no territórios quilombolas delimitados, elas são minoria (49,6%).
Idade escolar e índice de envelhecimento
Três em cada 10 quilombolas da Bahia estão em idade escolar (27,1% têm de 0 a 17 anos), frente a dois em cada 10 habitantes da população do estado (24,8%).
Índice de envelhecimento entre quilombolas (60,8 idosos por 100 pessoas até 14 anos de idade) é 20% menor do que na população baiana em geral (75,4/100);
Mulheres são maioria entre indígenas
Mulheres são majoritárias no total de indígenas na Bahia (53%), mas minoria entre aqueles que vivem nas Terras Indígenas demarcadas (49,3%).
Frente a 2010, as mulheres ganharam participação entre os indígenas em todas as situações, mas, sobretudo, nas Terras Indígenas, onde o número de homens diminuiu um pouco, em 12 anos: – 0,8%, de 8.788 para 8.718 (- 70 mil).
Ainda segundo o Censo, quatro em cada dez indígenas nas terras demarcadas estão em idade escolar. Fora delas, já há mais indígenas idosos do que de até 14 anos de idade, e o índice de envelhecimento é de 106,8/100.
A idade mediana dos indígenas na Bahia é 37 anos, dois anos a mais do que a da população em geral (35 anos). Nas terras indígenas baianas, porém, a idade mediana cai para 23 anos.
Frente a 2010, quando foi divulgado o último Censo, o índice de envelhecimento e a idade mediana da população indígena na Bahia aumentaram em todas as situações, mas em um ritmo bem maior fora das terras indígenas.
Fonte: G1 Bahia
Foto: Arquivo Curaçá Oficial