Liberdade, igualdade e fraternidade foi o lema da Revolução Francesa de 1789. Mas devemos se questionar: liberdade para quem? Para o livre comércio ou para a classe trabalhadora se emancipar? Eu fico com a primeira opção. No campo do Direito, a gente discute os direitos de primeira dimensão e segunda dimensão. A liberdade se inclui na primeira e a igualdade na segunda. Segundo Dirley da Cunha Jr., enquanto os direitos de defesa asseguram as liberdades, os direitos as prestações procuram obter do Estado as condições jurídicas e materiais favoráveis e indispensáveis ao exercício efetivo e concreto dessas liberdades.
Daí a constatação de que os direitos as prestações notadamente os direitos sociais prestacionais, manifestam-se como “barreiras defensivas do indivíduo perante a dominação econômica de outros indivíduos”, Quando eu aprendi matemática com meus queridos e amados Professores (aqui quero deixar registrado que fui educado a ver os professores como uma autoridade e que merecem total respeito), explicitado pela fórmula seguinte: a1/b2 = a2/b1, percebi que existem as grandezas inversamente proporcionais. Pois bem, se prestarmos atenção quanto mais liberdade menos igualdade, quanto mais igualdade, menos liberdade.
Vou exemplificar. Quando o Mestre diz: alunos, que dia vocês querem a prova? Perceba que cada um vai querer um dia diferente. A liberdade foi ao ápice, mas a igualdade findou. Mas se o mestre chegar com o dia determinado, a igualdade vai lá pra cima e a liberdade fica em detrimento.
Cabe a cada um de nós fazer a escolha entre liberdade ou igualdade e arcar com todas as suas consequências. Eu já fiz minha escolha. Eu escolho ficar com a igualdade. Eu cedo minha liberdade em prol da igualdade. E eu? Para finalizar, eu gosto de música, vai um trecho de uma de Gilberto Gil: Ó, mundo tão desigual, tudo é tão desigual, Uoh-oh-oh-oh-oh-oh, Ó, de um lado esse carnaval, do outro, a fome total, Uoh-oh-oh-oh-oh-oh.
Por Netinho de Elzeneide
Bel. em Direito