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Projeto do Nema realiza doação de viveiros a moradores das áreas de proteção da ararinha-azul em Curaçá (BA)

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Em áreas das Unidades de Conservação da ararinha-azul em Curaçá, já é possível observar alguns módulos familiares de produção de mudas construídos e doados pelo projeto RE-Habitar Ararinha-azul na localidade. A previsão é de que até este mês sejam entregues um total de cinco destes viveiros às famílias e instituições contempladas. Com esta ação, o projeto executado pelo Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) pretende possibilitar uma geração de renda extra aos moradores e o fortalecimento da cadeia de restauração ecológica da região.

Nos módulos familiares, as sementes podem ser germinadas e as mudas manejadas até que alcancem tamanho ou idade adequadas para o plantio. O projeto RE-Habitar Ararinha-azul está construindo com esforços de equipe multidisciplinar, e também composta por moradores da região, estruturas cobertas por tela sombrite com 50% de sombreamento com 6 metros de comprimento por 7 metros de largura e 3 metros de altura. A capacidade do viveiro é de aproximadamente 1,6 mil mudas, podendo aumentar este número ao se ampliar a produção para a área externa ao viveiro a depender da espécie e do ritmo de trabalho.

O grupo de contemplados, até o momento, é composto pela Associação de Agropecuaristas da Fazenda Melancia e Adjacências, onde os cursos de capacitação promovidos pelo projeto foram realizados, e por pessoas que participaram destas capacitações e trabalharam implantando as ações de recuperação hidroambiental na região. “Essas famílias são capazes de prosperar com estes viveiros, já que foram capacitadas e também participaram ativamente dos processos de recuperação das áreas degradadas da localidade”, explica um dos pesquisadores do projeto, o ecólogo Adler Santana.

Com estes viveiros, esses moradores das comunidades poderão restaurar suas próprias propriedades e gerar renda extra, através da comercialização de mudas e sementes para instituições, projetos ambientais e proprietários de terras. Além disso, estes módulos familiares podem ser utilizados como espaços não-formais de aprendizagem para escolas e comunidades locais.

Ainda de acordo com o pesquisador Adler Santana, os beneficiados com estes viveiros possuem a oportunidade de se tornarem atores da restauração na localidade. “A genética das sementes produzidas será local, as mudas não irão sofrer com deslocamento e já estarão aclimatadas ao ambiente, assim contribuirão com a qualidade e o fortalecimento da restauração ecológica e, consequentemente, com restabelecimento da ararinha-azul na região”, ressalta.

RE-Habitar Ararinha-azul – Projeto do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema) da Univasf, aprovado em chamada do Global Environmental Facility (GEF Terrestre), é executado nas áreas do Refúgio da Vida Silvestre e Área de Proteção Ambiental da ararinha-azul, em Curaçá (BA).

A iniciativa conta com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento (Fade) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) como fundação de apoio responsável pela gestão administrativa. Já o GEF Terrestre é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) como agência executora e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como financiador.

O Projeto RE-Habitar Ararinha-azul disponibiliza guias de campo para download gratuito, entre eles o Guia “Construção de viveiros para produção de mudas”, que pode ser acessado neste link.

Fonte: Projeto Nema/Univasf

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Rio São Francisco: Confira vazão e capacidade do volume útil da barragem de Sobradinho

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A Eletrobras Chesf, seguindo determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), permanece praticando vazão de saída no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho (BA) no patamar de 800 m³/s e na Usina Hidrelétrica de Xingó no patamar de 1.000 m³/s.

O reservatório de Sobradinho encontra-se neste período com cerca de 40% de sua capacidade.

Segundo a assessoria da Chesf, a situação hidrológica é permanentemente avaliada, podendo haver alterações nos valores a depender da necessidade de atendimento ao Sistema Interligado Nacional – SIN, conforme procedimento de otimização energética envolvendo as diversas regiões do país, coordenado pelo ONS, e obedecendo à regulamentação vigente.

Fonte: REDE GN

Foto: Eletrobras Chesf

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Preconceito e discriminação atingem 70% dos negros, aponta pesquisa

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Sete em cada dez pessoas negras já passaram por algum constrangimento por causa de preconceito ou discriminação racial. O dado é de pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Locomotiva e pela plataforma QuestionPro, entre os dias 4 e 13 de novembro.

Os sentimentos de discriminação e preconceito foram vividos em diversas situações cotidianas e são admitidos inclusive por brancos. Conforme a pesquisa, a expectativa de experimentar episódios embaraçosos pode tolher a liberdade de circulação e o bem-estar de parcela majoritária dos brasileiros.

Os negros, que totalizam pretos e pardos, representam 55,5% da população brasileira – 112,7 milhões de pessoas em um universo 212,6 milhões. De acordo com o Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20,6 milhões (10,2%) se autodeclaram “pretos” e 92,1 milhões (45,3%), “pardos”.

O levantamento do Instituto Locomotiva revela que 39% das pessoas negras declararam que não correm para pegar transporte coletivo com medo de serem interpeladas. Também por causa de algum temor, 36% dos negros já deixaram de pedir informações à polícia nas ruas.

O constrangimento pode ser também frequente no comércio: 46% das pessoas negras deixaram de entrar em lojas de marca para evitar embaraços. O mesmo aconteceu com 36% que não pediram ajuda a vendedores ou atendentes, com 32% que preferiram não ir a agências bancárias e com 31% que deixaram de ir a supermercados.

Saúde mental

Tais situações podem causar desgaste emocional e psicológico: 73% dos negros entrevistados na pesquisa afirmaram que cenas vivenciadas de preconceitos e discriminação afetam a saúde mental.

Do total de pessoas entrevistadas, 68% afirmaram conhecer alguém que já sofreu constrangimento por ser negro. Entre os brancos, 36% admitem a possibilidade de terem sido preconceituosas contra negros, ainda que sem intenção.

Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, os dados apurados indicam “a necessidade urgente de políticas públicas e iniciativas sociais que ofereçam suporte emocional e psicológico adequado, além de medidas concretas para combater o racismo em suas diversas formas”.

Em nota, Meirelles diz que os números mostram de forma explícita que a desigualdade racial é uma realidade percebida por praticamente todos os brasileiros. “Essa constatação reforça a urgência de políticas públicas e ações efetivas para romper as barreiras estruturais que perpetuam essas desigualdades e limitam as oportunidades para milhões de pessoas negras no Brasil.”

A pesquisa feita na primeira quinzena deste mês tem representatividade nacional e colheu opiniões de 1.185 pessoas com 18 anos ou mais, que responderam diretamente a um questionário digital. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais.

Racismo é crime

De acordo com a Lei nº 7.716/1989, racismo é crime no Brasil. A lei batizada com o nome do seu autor, Lei Caó, em referência ao deputado Carlos Alberto Caó de Oliveira (PDT-BA), que morreu em 2018. A lei regulamenta trecho da Constituição Federal que tornou o racismo inafiançável e imprescritível.

A Lei nº 14.532, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023, aumenta a pena para a injúria relacionada a raça, cor, etnia ou procedência nacional. Com a norma, quem proferir ofensas que desrespeitem alguém, seu decoro, sua honra, seus bens ou sua vida poderá ser punido com reclusão de 2 a 5 anos. A pena poderá ser dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas. Antes, a pena era de 1 a 3 anos.

As vítimas de racismo devem registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil. É importante tomar nota da situação, citar testemunhas que também possam identificar o agressor. Em caso de agressão física, a vítima precisa fazer exame de corpo de delito logo após a denúncia e não deve limpar os machucados, nem trocar de roupa – essas evidências podem servir como provas da agressão.

Nesta quarta-feira (20), o Dia de Zumbi e da Consciência Negra será, pela primeira vez, feriado cívico nacional.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil

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Pela 1ª vez, 20 de novembro será feriado nacional

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Depois da promulgação de um decreto presidencial no final de 2023, o dia 20 de novembro será, pela primeira vez na história, um feriado nacional. É nesta quarta-feira (20) se celebra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A data, instituída pela Lei Nº 12.519 de 10 de novembro de 2011 e que já era feriado em alguns estado do Brasil, é uma homenagem à memória de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes da resistência negra contra a escravidão no Brasil e símbolo da luta pela liberdade. Além disso, este é um dia para refletirmos sobre a importância do combate ao racismo e promoção da igualdade racial.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

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