Bahia
Um novo capítulo na reintrodução da Ararinha-Azul na Natureza: Após 37 anos, nascem as primeiras ararinhas em vida livre
Depois do dia histórico de 11 de junho de 2022, quando reintroduzimos de volta ao seu habitat natural as primeiras oito ararinhas-azuis
(Cyanopsitta spixii), espécie extinta na natureza por mais de 20 anos, atingimos agora um marco fundamental neste projeto – a reprodução bem-sucedida na natureza. O objetivo final do Projeto de reintrodução da ararinha-azul é estabelecer uma população reprodutiva dessas aves na natureza. O último ninho de Ararinha-Azul na natureza foi avistado em 1986, 37 anos atrás, antes que a espécie fosse extinta na natureza.
A jornada até essa conquista foi árdua e começou em 2000, quando a última ararinha-azul conhecida na natureza desapareceu; rumores dizem que foi vítima de uma colisão com fios elétricos. Esse incidente abalou a comunidade de conservação de aves e desencadeou um esforço conjunto. Criadores privados, zoológicos e o Governo Federal reuniram as aves em cativeiro restantes para
criar uma população que pudesse um dia ser reintroduzida na natureza. Criadores privados e cientistas, munidos de décadas de experiência em reprodução e manejo em cativeiro, trabalharam incansavelmente para transformar o que parecia ser um sonho impossível em realidade. Sua dedicação e compromisso inabalável com a causa tornaram possível trazer as ararinhasazuis de volta da beira da extinção.
Em 2022, a ONG alemã de conservação da vida selvagem, a Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados (ACTP), e seus parceiros conseguiram reintroduzir com sucesso as Ararinhas-Azuis em seu habitat na Caatinga. A ararinha-azul não estava mais extinta na natureza. Mas ainda havia um objetivo que todos estavam ansiosos para ver alcançado. A grande pergunta era: elas se reproduziriam na natureza? Para alegria de todos, o casal formado pelo macho Bizé, que recebeu o nome em homenagem ao saudoso comunitário curaçaense, com uma fêmea liberada em dezembro, formaram a primeira família em vida livre com dois filhotes recémnascidos.
“Hoje, com orgulho, anunciamos que esse objetivo foi alcançado. Um par de ararinhas-azuis, chocaram dois filhotes em seu ninho escolhido. É um dos ninhos artificiais que fixamos no alto de uma Caraibeira. A primeira ninhada de ovos se mostrou infértil, mas a determinação do casal prevaleceu, e a segunda ninhada continha dois ovos férteis, levando ao nascimento de dois filhotes saudáveis.” Comemorou Dr. Cromwell Purchase, Diretor da ACTP no Brasil.
Os filhotes estão sendo monitorados nessa fase mais delicada. Os pais de primeira viagem estão se saindo bem nos cuidados iniciais. Isso é um ótimo comportamento e um marco promissor para o futuro da espécie. “Essa notícia nos enche de esperança e motiva para continuarmos firmes no trabalho fundamental de reflorestamento junto à comunidade, para que possamos proporcionar para a nova geração de ararinha-azuis alimento e moradia em seu novo lar.” reiterou Ugo Vercillo, Diretor da BlueSky, responsável pelo projeto de reflorestamento das unidades de conservação e parceira na gestão do Centro de Reintrodução da Ararinha-azul.
Sobre a BlueSky:
A BlueSky Caatinga é uma organização dedicada ao reflorestamento e à geração sustentável de renda em uma das regiões mais áridas do Brasil. Sua missão é proteger a ararinha-azul, espécie em risco de extinção, e promover o desenvolvimento socioeconômico da região. Através de parcerias estratégicas com instituições governamentais, universidades, organizações não governamentais e empresas locais, a BlueSky Caatinga busca fortalecer suas ações e ampliar seu impacto positivo. Juntos, podemos enfrentar desafios ambientais, construir um futuro mais verde e justo para todos e deixar um legado de conservação e sustentabilidade. A BlueSky convida você a se juntar a nós
nessa jornada e reflorestar a esperança na Caatinga. Juntos, podemos fazer a diferença.
Com informações da Ascom/BlueSky
Bahia
Rio São Francisco: Confira vazão e capacidade do volume útil da barragem de Sobradinho
A Eletrobras Chesf, seguindo determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), permanece praticando vazão de saída no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho (BA) no patamar de 800 m³/s e na Usina Hidrelétrica de Xingó no patamar de 1.000 m³/s.
O reservatório de Sobradinho encontra-se neste período com cerca de 40% de sua capacidade.
Segundo a assessoria da Chesf, a situação hidrológica é permanentemente avaliada, podendo haver alterações nos valores a depender da necessidade de atendimento ao Sistema Interligado Nacional – SIN, conforme procedimento de otimização energética envolvendo as diversas regiões do país, coordenado pelo ONS, e obedecendo à regulamentação vigente.
Fonte: REDE GN
Foto: Eletrobras Chesf
Bahia
Preconceito e discriminação atingem 70% dos negros, aponta pesquisa
Sete em cada dez pessoas negras já passaram por algum constrangimento por causa de preconceito ou discriminação racial. O dado é de pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Locomotiva e pela plataforma QuestionPro, entre os dias 4 e 13 de novembro.
Os sentimentos de discriminação e preconceito foram vividos em diversas situações cotidianas e são admitidos inclusive por brancos. Conforme a pesquisa, a expectativa de experimentar episódios embaraçosos pode tolher a liberdade de circulação e o bem-estar de parcela majoritária dos brasileiros.
Os negros, que totalizam pretos e pardos, representam 55,5% da população brasileira – 112,7 milhões de pessoas em um universo 212,6 milhões. De acordo com o Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20,6 milhões (10,2%) se autodeclaram “pretos” e 92,1 milhões (45,3%), “pardos”.
O levantamento do Instituto Locomotiva revela que 39% das pessoas negras declararam que não correm para pegar transporte coletivo com medo de serem interpeladas. Também por causa de algum temor, 36% dos negros já deixaram de pedir informações à polícia nas ruas.
O constrangimento pode ser também frequente no comércio: 46% das pessoas negras deixaram de entrar em lojas de marca para evitar embaraços. O mesmo aconteceu com 36% que não pediram ajuda a vendedores ou atendentes, com 32% que preferiram não ir a agências bancárias e com 31% que deixaram de ir a supermercados.
Saúde mental
Tais situações podem causar desgaste emocional e psicológico: 73% dos negros entrevistados na pesquisa afirmaram que cenas vivenciadas de preconceitos e discriminação afetam a saúde mental.
Do total de pessoas entrevistadas, 68% afirmaram conhecer alguém que já sofreu constrangimento por ser negro. Entre os brancos, 36% admitem a possibilidade de terem sido preconceituosas contra negros, ainda que sem intenção.
Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, os dados apurados indicam “a necessidade urgente de políticas públicas e iniciativas sociais que ofereçam suporte emocional e psicológico adequado, além de medidas concretas para combater o racismo em suas diversas formas”.
Em nota, Meirelles diz que os números mostram de forma explícita que a desigualdade racial é uma realidade percebida por praticamente todos os brasileiros. “Essa constatação reforça a urgência de políticas públicas e ações efetivas para romper as barreiras estruturais que perpetuam essas desigualdades e limitam as oportunidades para milhões de pessoas negras no Brasil.”
A pesquisa feita na primeira quinzena deste mês tem representatividade nacional e colheu opiniões de 1.185 pessoas com 18 anos ou mais, que responderam diretamente a um questionário digital. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais.
Racismo é crime
De acordo com a Lei nº 7.716/1989, racismo é crime no Brasil. A lei batizada com o nome do seu autor, Lei Caó, em referência ao deputado Carlos Alberto Caó de Oliveira (PDT-BA), que morreu em 2018. A lei regulamenta trecho da Constituição Federal que tornou o racismo inafiançável e imprescritível.
A Lei nº 14.532, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023, aumenta a pena para a injúria relacionada a raça, cor, etnia ou procedência nacional. Com a norma, quem proferir ofensas que desrespeitem alguém, seu decoro, sua honra, seus bens ou sua vida poderá ser punido com reclusão de 2 a 5 anos. A pena poderá ser dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas. Antes, a pena era de 1 a 3 anos.
As vítimas de racismo devem registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil. É importante tomar nota da situação, citar testemunhas que também possam identificar o agressor. Em caso de agressão física, a vítima precisa fazer exame de corpo de delito logo após a denúncia e não deve limpar os machucados, nem trocar de roupa – essas evidências podem servir como provas da agressão.
Nesta quarta-feira (20), o Dia de Zumbi e da Consciência Negra será, pela primeira vez, feriado cívico nacional.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil
Bahia
Pela 1ª vez, 20 de novembro será feriado nacional
Depois da promulgação de um decreto presidencial no final de 2023, o dia 20 de novembro será, pela primeira vez na história, um feriado nacional. É nesta quarta-feira (20) se celebra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
A data, instituída pela Lei Nº 12.519 de 10 de novembro de 2011 e que já era feriado em alguns estado do Brasil, é uma homenagem à memória de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes da resistência negra contra a escravidão no Brasil e símbolo da luta pela liberdade. Além disso, este é um dia para refletirmos sobre a importância do combate ao racismo e promoção da igualdade racial.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
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