Curaçá
Artigo: Curaçá e Sua Nostalgia
Por Ticiano Félix
Curaçá é terra boa/ O potó é quem não presta/ Mija do dedão do pé/ até o couro da testa… Essa letra é de uma canção que o nosso, inesquecível, Zito Torres, que fez em homenagem a nossa cidade amada; eu assino em baixo, e vou mais adiante, inclusive é uma cidade, onde o povo não é tão dedicado aos estudos, mas consegue formar-se em diversas faculdades sem dificuldades, pois muitos filhos da nossa terra, emitem opiniões técnicas em quase todos os campos, que muitas vezes, nem os especialistas dos atuais campus universitários tem segurança para falar. Somos um povo de “inteligência rara”.
Eu sou um “retrôcionista”, se é que existe esse termo, mas sei a importância da evolução, isso desde a era matriarcal, que teve como grande invenção o domínio do fogo, e mais nada de relevante que a humanidade tenha conhecimento, depois veio o período patriarcal e devagar, chegou-se ao longe, passando o fogo nas cavernas para as lamparinas, que eram alimentadas por azeites, óleos de peixes, óleos de mamonas e outros (dizem que o cheiro lembrava os franceses antes de desenvolverem os melhores perfumes do mundo), até conseguir atingir a supernova com a chegada do querosene, uma grande inovação, de lá para a energia elétrica nas residências, foi apenas uma questão de muitas décadas, ligeirinho. Será que o povo naquela época, reclamou com essa mudança tão drástica?
Outra coisa que me fascina é a luta por manter de pé, plantas exóticas, oriundas de outros países, como a peruana Algaroba e a Indiana Neem/Nim, a primeira eu tenho como uma maná… Lá nas caatingas, longe de cisternas, poços e cacimbas, mas na cidade traz mais malefícios que benefícios, a segunda é uma planta que contém um elemento tóxico, oriundo das piretrinas, que sintetizado é formulado um inseticida piretroide, que para facilitar o entendimento e resumir essa conversa, mata até a mãe do cão, se ela for invertebrada. Mas, quando falaram em plantar ipês, tem sempre alguém apontando uma dificuldade… O intrigante, é ver que alguns dos defensores dessas árvores, estão derrubando a vegetação nativa para edificar suas chácaras na zona rural.
Breve Curaçá estará reinaugurando o seu estádio Durval Santos Torres, homenagem ao primeiro craque de futebol curaçaense, segundo me informou um velho que gostava de futebol. Ele está para Curaçá, assim como Neco está para o Corinthians e Di Stefano para o Real Madrid. Essa reinauguração traz uma nova roupagem, com arquibancadas, alambrados e o tão sonhado gramado, que até nos lembra o estado de Goiás, verde e plano. Ouvi na época que estavam correndo contra o tempo para gramar, críticas por estarem matando uma grama chamada Batatais(que estava no projeto original), que é simular com uma touceira de capim colonião, para substituir pela grama Esmeralda, a melhor que temos no país. Só quem acompanhou o processo sabe a odisseia que foi para fazer essa obra com a Caixa Econômica na “cupira” dos responsáveis, até entendo, nem a CEF acreditava mais, pois foram tantos que se propuseram e não conseguiram, que os técnicos desse banco, devem ter relembrando aquele ditado popular: “Gato escaldado tem medo até de água de chuva”.
Essa noite eu não dormir, depois de ver tanta manifestação pelos “patrimônios históricos” da nossa cidade, preocupo-me agora se os nostálgicos vão fazer passeatas para manter a antiga grama, àquela que nos períodos de chuvas brotava com suas enormes “cabeças de touros”, dando trégua ao chão batido do nosso campo apenas no período seco…
Bahia
FLIC Curaçá ofertará oficinas culturais para o público
Durante os dias 21 a 23 de Novembro, a primeira Festa Literária de Curaçá (FLIC) estará ofertando diversas oficinas culturais para que os participantes possam mergulhar a fundo na herança cultural do Sertão da Bahia.
Serão 5 oficinas artísticas e literárias onde o público poderá experienciar, aprender e reproduzir as práticas que celebram a cultura e as raízes da nossa região.
Confira as oficinas disponíveis: – Oficina de Pintura e Desenho com Bruno Pionório (Quinta-feira, 21/11 às 14:30) – Oficina Sussurradores de Poesia com Leila Palmeira (Sexta-feira, 22/11 às 9:30) – Oficina de Capoeira Angola com Nazaré Siqueira (Sexta-feira, 22/11 às 14:30) – Oficina de Contação de Histórias com Louco em Cena (Sábado, 23/11 às 10:30) – Oficina de Percussão com Mestre PC do Samba (Sábado, 23/11 às 14:00).
As oficinas acontecerão no Centro Territorial de Educação Profissional Maria de Almeida Araújo (CETEP) e se serão abertas para todos os públicos. Não deixe de se inscrever e participar!
Por Luiz Rodrigues
Agência Multiciência
Foto Divulgação do grupo Loucos em Cena
Bahia
Exposições prometem movimentar a 1ª Festa Literária de Curaçá
A cidade de Curaçá está sendo palco de um grande evento cultural, a I Feira Literária de Curaçá (FLIC), que acontecerá até este sábado, 23 de novembro, no CETEP Maria de Almeida Araújo. Prometendo envolver a comunidade em uma experiência única de literatura, cultura e gastronomia, a FLIC é uma celebração do talento e da tradição local.
Entre os destaques da programação está a feira gastronômica, organizada pelos estudantes do CETEP Maria de Almeida Araújo, com uma variedade de comidas regionais que valorizam os sabores autênticos da região.
O evento também contará com exposições que prometem encantar o público:
O Acervo Curaçaense (@acervocuraçaense), com documentos, objetos e registros históricos que narram a trajetória cultural de Curaçá.
O Acervo Maria Franca Pires (@acervomfp), organizado pela UNEB de Juazeiro, que reúne fotografias, livros, jornais, cartazes e outros materiais históricos que exploram aspectos como educação, comunicação e cultura da região de Juazeiro-BA.
A exposição do artista plástico Kekê di Bela, de Juazeiro-BA, reconhecido por suas obras marcantes que misturam tons de vermelho e preto para explorar sentimentos profundos e temas de felicidade e ausência.
A empresa BlueSky, que está apoiando a 1ª Festa Literária de Curaçá (FLIC), fará uma exposição de sementes de árvores nativas; doação de mudas de árvores nativas da caatinga; oficina de plantio de mudas de árvores nativas e uma amostra de material gráfico e audiovisual da empresa.
Por Maria Eduarda Morais
Agência Multiciência
Foto Divulgação do artista plástico Kekê de Bela
Bahia
FLIC 2024 terá sessão coletiva de lançamento de livros
Na sexta, 22 de novembro, às 17h30 horas, em meio às festividades da 1ª edição da Festa Literária de Curaçá (FLIC), haverá uma sessão coletiva de lançamento de livros no Teatro Miguel Torres (CETEP).
Entre os autores e suas obras, o público terá a chance de prestigiar os trabalhos de Mira Silva (A Árvore Mais Bonita do Mundo), Maviael Melo (Como Quem Muda de Cor), Jacilda Mendes (Essência – Antologia Estudantil), Socorro Lacerda (O Monstro da Caatinga), Adil Penalva, Sérgio Luis Souza. O poeta curaçaense Urias Feitosa também estará lançando nesta sexta o livro Coletânea de Poesias.
No sábado, 23 de novembro, às 16h30, também no Teatro Miguel Torres (CETEP) acontecerá a segunda sessão coletiva de lançamentos de livros durante a FLIC com a presença de alunos da escritora Jacilda Mendes; do jornalista da Rede Bahia Danilo Ribeiro (Zé Livrório e a Carranca Encantada), além de João Gilberto (Revista Flores do Mal), Gênesis Naum (A Vida Vertiginosa do Cavaleiro Joaquim Naum), João Trapiá (Mãos que Benzem), Ana R. Costa Essência (Antologia Estudantil) e do autor curaçaense Josemário Martins.
Texto: João Pedro Tínel
Agência Multiciência
Foto Divulgação: Urias Feitosa
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